2009-11-11

Relatório da aula do dia 20 de Outubro

Na aula passada falámos essencialmente sobre a Educação Escolar e como se deu origem à Educação de Adultos. Referiu-se, por exemplo, que todos os autores da Escola Nova influenciaram o pensamento e consequentemente os estudos de Paulo Freire e que a educação tem sempre uma determinada finalidade. Para além disso, falou-se sobre a escolarização e que esta se desenvolveu ao longo dos séculos – pelo menos nos países mais desenvolvidos – e que a educação esteve sempre ligada à ideia de preparação para a vida sendo que o tipo de escola estava sempre ligado ao tipo de homem que se pretendia criar/formar. A revolução industrial foi importante factor para o aumento da escolarização, pois no trabalho fabril era necessário ter um mínimo de habilitações.
Após a II Guerra Mundial e com o avanço da Ciência, as escolas de preparação profissional ganharam importância, o que fez com que surgisse uma rivalidade entre os alunos que frequentavam este tipo de escola e os que frequentavam o liceu (mesmo entre os professores existiu esta rivalidade). Nesta altura, procurou-se muito o ensino/escolas técnicas pois assim podia-se entrar logo no mundo do trabalho. Porém, com a Reforma Educativa de 1948, assistiu-se a um decréscimo quanto à procura do ensino técnico profissional que, por sua vez, visava dotar o aluno de uma formação geral adequada.
Segundo António Mattoso “(…) A escola passiva foi substituída pela escola activa; à quantidade sucedeu a qualidade; a escola onde se aprende desapareceu de vez para dar lugar à escola onde se trabalha. A escola dogmática, formalista, livresca, materialista, na qual o aluno é um ser passivo, o mestre senhor omnipotente da vontade escolar, não existe hoje em Portugal nos novos cursos preparatórios do Ensino Técnico Profissional (…)”.
Depois o docente perguntou: será que a educação escolar prepara para a vida? Falou-se então, a propósito desta questão, da década de 60, ou melhor dizendo, no Maio de 68 onde os alunos universitários se revoltaram inicialmente nos E.U.A. para de seguida se alastrar pela Europa toda. Contestaram que se gastava imenso dinheiro na guerra mas pouco se investia nas escolas/universidades, pois nestas perdeu-se o contacto com a vida e com a cultura. A escola estava mais orientada para a profissionalização do que para a cultura.
A partir da década de 60 alguns autores defendiam então a desescolarização (Ivan Illich).
O docente ainda fez algumas questões para as debater na aula. Já quase no final desta, vieram duas colegas licenciadas em Educação Social para falarem do Núcleo Paulo Freire da nossa Universidade (o que faz; o que pode fazer com a nossa ajuda e o que nós queremos que este Núcleo faça).
Isabelle Fundinger

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