2009-11-19

A propósito da apresentação do Projecto da Cáritas Diocesana do Algarve

Aula de dia 19 Novembro de 2009- 3 Reflexões


Reflexão 1
Neste mundo globalizado, fruto da expansão e intensificação de interdependências e múltiplas influências nas mais variadas facetas que envolvem o ser humano, assistimos nas nossas sociedades actuais, cada vez mais multiculturais mas todavia significativamente assimétricas, ao agravar das desigualdades que se expressam a vários níveis, nomeadamente no campo económico-profissional, nas diferenças de “tratamento” entre géneros, estratos sociais, classes etárias e etnias, no acesso à educação e à cultura, na participação consciente e crítica da construção de sociedades mais justas e equitativas.
Assistimos à mundialização das finanças e economias e, com ela, o agravar do fosso entre “ricos e pobres”. A crise económico-financeira instalou-se e alastra mundo fora, agudizando as situações já se si precárias de inúmeros cidadão “marginalizados”, arrastando para um “nova pobreza camuflada” camadas da população até agora razoavelmente “bem instaladas” e poupadas a situações de privação várias, originando situações de desemprego que afectam cada vez mais famílias, imigrantes, mulheres sobretudo, profissionais liberais, transportando-os para momentos vivenciais de “sufoco” e até de desespero por vezes dramático, de conflitos e rupturas afectivas e económicas.
As sociedades da informação fomentam sociedades de consumo massivo de bens e serviços; instituições e empresas promovem e facilitam o acesso ao crédito “fácil” e rápido; famílias endividam-se na ânsia do “ter”, esquecendo ou relegando para segundo ou terceiros planos valores e princípios ético-morais inerentes ao “ser”, tais como a caridade, entendida como “amor ao próximo” e olhar para ele como ser semelhante a nós, com as suas necessidades, fraquezas e potencialidades, a humanização e a defesa da dignidade humana, o compromisso de todos na “luta” pelo desenvolvimento individual e colectivo de comunidades, rejeitando qualquer tipo de segregação, associado ao universalismo e à defesa dos direitos humanos, independentemente de divergências ideológicas, políticas, religiosas, de nacionalismos, entre tantos outros “ideais” que se desejam concretizáveis nestas nossas realidades cada vez mais individualistas, competitivas, cuja “máxima” se reduz à procura de eficácia e eficiência.
Neste âmbito, parece-me de todo valioso o trabalho desenvolvido pela Cáritas que, embora de cariz religioso, desenvolve trabalhos no sentido de promover estes e outros princípios e valores necessários ao desenvolvimento integrado da pessoa em interacção com toda a envolvente que a “atinge”, influencia e por ela é “condicionada” no seu crescimento como ser humano responsável e participativo.
De salientar o profissionalismo e a transparência em que assentam as actividades pela Cáritas empreendidas, em parceria com várias outras instituições e organismos, no intuito de desenvolver projectos direccionados para a integração de pessoas em situação de exclusão social, fruto de condicionantes vários (nacionalidade, género, idade, etc.), através não só de ajudas assistenciais, mas sobretudo a partir de incentivos à capacitação/formação profissional, no sentido de valorizar as competências e a auto-estima dos indivíduos, visando o seu empowerment, a sua emancipação e liberdade de expressão e participação activa e consciente na construção/reconstrução das suas vidas em sociedade.

Rosinda Santinha nº 3121

Reflexão 2
No dia 17 de Novembro de 2009 à hora marcada da aula da Unidade Curricular de Educação de Adultos fomos contemplados com a presença de quatro convidados responsáveis pela Cáritas Diocesana do distrito de Faro.
Apenas três dos quatro convidados participaram na palestra com uma exposição oral, e o que pretendiam era angariar voluntários para se unirem a esta instituição, contudo na minha opinião foram muito além disso, trouxeram-nos a explicação de valores imprescindíveis para nós enquanto futuros educadores sociais e acima de tudo partilharam os seu saber e as suas experiências do dia-a-dia de como lidar com os problemas da sociedade.
Além disso vieram descodificar a ideia, de que a Cáritas é de Igreja Católica, na verdade existe uma ligação entre ambas, mas todas Cáritas Diocesanas são entidades independentes. Que ajudam todos os que lhe batem à porta sem olhar à religião, a cor, às crenças, à cultura, à etnia, ou a situação em que se encontram. Pois a Cáritas Diocesana de Faro tenta sempre resolver as mais diversas situações de todos os que diariamente lhe chegam às mãos, presta serviços à comunidade efectivos não apenas em acções pontuais como a Casa da Mãe, ao seu infantário e à distribuição de alimentos e roupa que fazem com alguma regularidade; e os projectos que estão no papel mas que se prevê a sua criação num curto espaço de tempo, entre eles a mercearia social, o balneário social e o refeitório social.
Tendo em conta a nossa posição de estudantes foi também estimulante observar ex alunas do nosso curso integradas em projectos deste cariz e ouvir boas críticas ao nosso curso e aos nossos profissionais que já estão no terreno a trabalhar por parte do responsável da instituição.
Em conclusão, acho que este projecto veio mais uma vez puxar-nos para o voluntariado e a resposta foi claramente positiva pois os projectos desenvolvidos por esta instituição são sem dúvida aliciantes, quer para desenvolvermos o nosso espírito de solidariedade e entre ajuda ao darmos um pouco de nós sem receber nada em troca, quer para o nosso futuro próximo.
Alexandra Luz


Reflexão 3
No dia 17 de Novembro de 2009 por essas 14h00, realizou-se na Escola Superior de Educação, na Sala 95 uma apresentação sobre o Voluntariado – Cáritas Algarve.
Esta apresentação estava constituída por um homem e três mulheres. Duas delas foram alunas da nossa escola e frequentaram o nosso curso (Educação Social), a outra era a Irmã Beatriz Santos que é responsável pelo Sector voluntário. O homem era o presidente desta instituição.
Nesta apresentação aprendi que a Cáritas é uma instituição da Igreja Católica, que visa a servir não só o homem como a mulher a lutar pela defesa dos seus direitos e contribuir para a sua promoção e desenvolvimento integral na perspectiva da caridade. E caridade neste sentido não significa dar roupas ou comida para as pessoas, significa dar o amor que temos ao outro.
Esta instituição destina-se às mais diversas necessidades da comunidade, procura concretizar a opção preferencial da Igreja pelos mais pobres, tendo em conta que existe vários tipos de pobreza e que esta pode não significar apenas a falta de bens materiais, como também o isolamento, a falta de carinho/afecto/amor, discriminação por parte da comunidade e outras formas de exclusão.
Aprendi também que esta instituição tem sete valores, a humanização; o profissionalismo; transparência; compromisso; caridade; universalidade e por fim criatividade.
Durante o decorrer da apresentação o que destacou-se mais e o que me cativou mais foi o voluntariado, pois é algo bastante benéfico para o nosso futuro. O voluntariado tem por missão promover a procura de pessoas ou entidades que expressem a sua disponibilidade e vontade de prestar trabalho voluntario, contribuindo para a melhoria do bem comum das pessoas e das populações que necessitam.
Interessei-me bastante por este tipo de voluntariado e até inscrevi-me, pois esta instituição promove o voluntariado ao apoio a pessoas carenciadas, ao banco de alimentos, banco da roupa e campanhas de solidariedade, entre muitas outras. Estes voluntariados foi algo que sempre quis fazer, pois sinto que estou a ajudar as pessoas que precisam, pois hoje em dia existem muitas pessoas a precisar de uma mão, algo que as fortaleça e as ajude a levantar-se.
Para finalizar, na minha opinião eu achei que esta oportunidade foi bastante gratificante para todos os que assistiram, pois foi uma oportunidade bastante diferente.
Cindy Mascote, Nº36714

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