2008-03-24

E.A. II -Trabalho sobre Paulo Freire

Paulo Freire criou um método revolucionário cujo principal objectivo era não só alfabetizar mas principalmente reciclar culturalmente uma população que sendo analfabeta não é capaz de acompanhar o processo de desenvolvimento. Freire achava que o problema central era mais que alfabetizar, era fazer com que as pessoas analfabetas assumissem a sua dignidade enquanto pessoas, detentores de uma cultura própria. Paulo Freire coloca a educação como reflexão sobre a realidade existencial. Dá importância ao momento pedagógico como praxis social, construindo um mundo reflectido com o povo. Entre o professor e o aluno é fundamental existir o dialogo, para posteriormente se proceder à consciencientização em que se estabelecerá a igualdade em que todos pensam e agem criticamente partindo da sua realidade, a linguagem comum deverá ser extraída do meio onde se irá executar a acção pedagógica a mesma coloca a elite em igualdade com o povo para aprender e ensinar, pois nenhuma das duas detém todo o conhecimento nem é totalmente ignorante.
O método de Paulo Freire sofreu influências de pensadores como Dewey, Gramsci ou Habermas.
O método considera que a educação não é neutra mas tem fins políticos. Sistematizando o método, este consiste numa primeira fase no reconhecimento do contexto e vocabulário do povo. Em segundo lugar na procura das palavras geradoras, numa terceira fase a problematização das palavras através de imagens visuais, em quarto lugar a introdução do conceito de cultura e por fim a descodificação das palavras e a acção cultural para a liberdade.
Para Paulo Freire a educação tem de ajudar o ser humano a cumprir a sua vocação ontológica e para isso é necessário que cada um seja sujeito da história.
Hoje em dia a educação tem um alcance muito vasto o que permitiu o aumento de pessoas directamente envolvidas nas práticas de educação e formação. Apesar disto não se toma em conta os projectos sociais da educação e tende-se a valorizar critérios como avaliação resultados eficácia, é isto que Paulo Freire não quer que seja seguido. Defende que a educação deveria libertar e que a pedagogia deveria ajudar a cumprir valores cívicos e democráticos.
Freire foi considerado um idealista, utilizando o conceito de inédito viável, como futuro a construir, este apenas será alcançado através da superação de uma situação problemática pela praxis.
Para Freire a utopia é possível através da palavra consciente.
Freire condena as mentalidades fatalistas que se conformam com a ideologia imobilizante “de que a realidade é assim mesmo que podemos fazer?
Educar é construir é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal é ensinar a pensar certo. Toda a curiosidade do saber exige uma reflexão critica e pratica, de modo que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua aplicação prática. É imprescindível a solidariedade social e politica para que se evite um ensino elitista e autoritário.
Os educandos provêm de uma sociedade multicultural e devem lutar pela liberdade sendo a pedagogia transformada numa pedagogia feita para o educando e com o educando. O oprimido tem de não só ter consciência critica da opressão, mas também estar disposto a transformar esta realidade.
Paulo Freire é considerado por muitos com o mais importante pedagogo do século XX, conceptualizou a politicidade da educação, desenvolveu as bases de uma educação e de uma pedagogia critica.
Toda a sua obra não é isenta de critica ou não está sujeita à erosão do tempo, no entanto existem elementos intemporais e actuais.
O importante é estudar a obra de Freire à luz da sua própria ideologia, ou seja com uma postura critica, tarefa esta que permite reinventar, recriar e reescrever as ideias e não meramente transmiti-las.
O projecto de ensinar para Paulo Freire não é baseado na transmissão de instrumentos, mas sim numa aprendizagem política, pratica e participativa.
A riqueza intelectual das ideias de Paulo Freire permite uma série de diálogos e reflexões. Um exemplo do seu esforço de igualdade e democracia é a questão de na maioria dos seus livros estarem escritos de uma forma não sexista.
Paulo Freire defende a educação para a diversidade, onde se respeite uma ética da diversidade e uma cultura da mesma. Considera ainda, que a sociedade deverá ser multicultural onde exista a capacidade de ouvir, de prestar atenção ao diferente e de respeita-lo. Nesse sentido será necessário reconstruir o saber da escola e a formação do educador o papel da escola e do educador não deverá ser estanque.
A escola deverá ser um espaço de todos e para todos.
Paulo Freire defende duas dimensões para chegar a este objectivo: a dimensão interdisciplinar - a partilha das vivências de todos articulando o saber e os conhecimentos, e a dimensão internacional e solidária – a escola deverá formar para a consciência critica de si e dos outros.
Grupo. Aurora – 28013;Lenia- 31981;Leonor- 32587;Sara Martins- 19904;Sara Marques 33033; Silva- 32067; Vânia- 14564

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