2007-03-28

aula do dia 28/3 de e.a.II

Preparação do plano de investigação para o trabalho de grupo

Uma das primeiras tarefas do investigador é elaborar um plano de trabalho. Do ponto de vista prático, isso consiste em tentar elaborar um projecto de título, de bibliografia e de índice geral, assim como um esboço da introdução. Todos estes elementos começam por ser apenas instrumentos destinados a clarificar e organizar as nossas ideias e a auxiliar a planificação do trabalho do dia a dia. Serão frequentemente modificados à medida que a investigação avançar, de tal forma que, se houver um verdadeiro salto qualitativo no nosso conhecimento do tema que estamos a estudar, eles poderão estar irreconhecíveis no trabalho final. Nesta primeira fase não há preocupações com as questões de estilo. O que interessa é tentar pôr no papel as nossas ideias. Se depois de escritas, elas nos parecerem obscuras ou mesmo ininteligíveis, é mais natural que o problema resulte de as nossas ideias serem mesmo pouco claras, do que de dificuldades de expressão ou redacção.
O título define e delimita o tema, o índice geral organiza e relaciona os diferentes aspectos e partes do tema, permitindo enquadrar todas as abordagens analíticas e de pormenor num visão sintética e de conjunto. O projecto de bibliografia corresponde a um plano de pesquisa. O esboço de introdução tem em vista esclarecer as nossas ideias sobre os objectivos, ponto de partida e métodos da nossa investigação. O rendimento da investigação depende da sua boa preparação. Investigar é antes de mais interrogar. Para tal temos que saber bem quais as questões de partida que queremos colocar no início do Estudo.
Formalmente a preparação do plano de investigação inclui quatro fases distintas: 1) a escolha e identificação do tema; 2) a pesquisa preliminar e recolha de informação geral; 3) a análise preliminar e a 4) elaboração do plano de leituras/bibliografia.
1-Escolha e identificação do tema
◊- Escolher o tema da investigação a partir de um conjunto de factores: relevância no contexto da respectiva disciplina, interesses pessoais, possibilidades de orientação, existência e acessibilidade de fontes adequadas.
◊- Definir e delimitar o tema através de um título provisório do trabalho.
◊- Definir o tema em termos de uma questão principal
◊- Definir os principais conceitos e ideias -chave relacionados com o tema.
2-Pesquisa preliminar / Recolha de informação geral
Logo que o tema esteja escolhido é possível realizar uma pesquisa preliminar em livros e outros documentos, onde o tema se inclua (procurando os conceitos e ideias -chave já definidos), e ainda em obras de referência, como enciclopédias e dicionários. Estas obras podem remeter para a literatura específica mais importante e significativa sobre o assunto. Esta pesquisa preliminar tem em vista obter:
a) Um breve panorama do tema.
b) Um reportório dos mais importantes nomes de pessoas e locais, datas e conceitos associados com o tema.
c) Um léxico da principal terminologia especializada utilizada no tratamento do tema.
d) Um primeiro reportório da mais relevante bibliografia sobre o tema, citada nas fontes consultadas.
Elaborar fichas de leitura para a) e fichas separadas para cada tópico de b), c) e d).
3-Análise preliminar
A recolha efectuada durante a fase anterior deve permitir dar os primeiros passos na análise do tema:
a) Redefinir o tema de forma mais detalhada e através de questões mais específicas. O esforço posto na redefinição nesta primeira fase do projecto permitirá não perder de vista a visão de conjunto do tema e do seu enquadramento global, que se poderá tornar mais difícil numa fase mais avançada da investigação e, por outro lado, permitirá planear e obter maior rendimento na investigação posterior.
b) Equacionar as diferentes abordagens possíveis para “responder” ás questões de partida. Há que ter em conta que diferentes abordagens poderão obrigar à utilização de diferentes fontes e métodos de investigação.
c) Elaborar um plano de índice geral, organizando e relacionando os diferentes aspectos e partes do tema, procurando enquadrar todas as abordagens analíticas e de pormenor num visão sintética e de conjunto.
d) Elaborar um esboço de introdução, tendo em vista esclarecer as ideias sobre os objectivos, ponto de partida e métodos da investigação.
e) Identificar todas as ideias e palavras-chave que possam descrever ou estar relacionados com o tema, incluindo todos os sinónimos.
f) Identificar todos os principais conceitos que possam estar relacionados com o tema, incluindo os mais importantes nomes de pessoas e locais, datas e factos associados com o tema. Esta identificação permitirá não só alargar as ideias e palavras-chave utilizados na pesquisa bibliográfica, como melhorar a compreensão do contexto geral onde se integra o tema em estudo.
4- Plano de leituras/bibliografia
Proceder a uma pesquisa bibliográfica, documental, cibernética. Esta fase obriga a que o tema tenha sido previamente traduzido num conjunto de ideias e palavras-chave através dos quais se procede à pesquisa. Estas palavras dependerão naturalmente dos descritores utilizados nas bibliografias. Além da pesquisa por assuntos, pode revelar-se muito útil a pesquisa por autores cuja obra seja importante no âmbito do nosso trabalho. A pesquisa em livros e revistas é a mais frequente, mas também podemos proceder a buscas em teses ou actas de reuniões científicas.


MÉTODOS E TÉCNICAS EM EDUCAÇÃO DE ADULTOS

O CÍRCULO DE ESTUDO

1- Apareceu na Suécia nos finais do séc. XIX.
2- É um dos métodos mais indicados para a aprendizagem dos adultos.
3- Os círculos de estudo aparecem, não só utilizados por grupos informais de pessoas que pretendem aumentar o seu nível de conhecimentos, mas também ao serviço das grandes organizações políticas, sindicais, culturais que os aproveitam e estruturam segundo os seus objectivos.
4- As pessoas ajudam-se umas às outras apoiando-se nas suas experiências pessoais. São os participantes que decidem o que vão estudar, tendo em conta as suas necessidades e aptidões.
5- Os temas são praticamente ilimitados. Pode fazer-se praticamente tudo – tocar instrumentos, pintar, aprender línguas, estudar matemática, aumentar a formação profissional, debater diversos assuntos, discutir assuntos políticos e outros, investigar a etnografia e a ecologia da região, etc...
6- O número de participantes não deve ser inferior a 5 nem superior a 12.
7- Deve-se ter em consideração o grau de instrução, o nível etário dos participantes e a experiência profissional.
8- O local de reunião pode ser a casa de um participante, as instalações de uma casa do povo, de um clube, ou outro local escolhido pelos participantes.
9- O líder tem um papel oposto ao professor tradicional. A sabedoria está no grupo e não no líder. O líder deve ter capacidade de comunicação e um mínimo de conhecimentos sobre a forma como os adultos aprendem e como motivar as pessoas para a aprendizagem e mudança de atitudes e valores.
10- O horário de funcionamento é acordado entre os participantes funcionando normalmente ao fim da tarde ou à noite.
11- O número de sessões também é determinado pelos elementos que constituem o grupo. Normalmente é considerado razoável o número situado entre dez e vinte sessões. Estas podem ocorrer uma vez por semana ou quinzenalmente.
12- Não devem durar mais do que duas horas nem menos de uma hora.
13- É possível utilizar várias estratégias: trabalho de grupo, trabalho individual, entrevistas, visitas de estudo, representação, conferência, exposições, etc...
14- Este método requer material de estudo. A recolha de material de estudo deve ser efectuado pelos participantes. Os livros e textos utilizados devem ser acessíveis a todos os participantes.
15- As sessões são programadas. Há tarefas a realizar pelos participantes no intervalo das sessões, nomeadamente recolha de dados, leitura de textos, pesquisa bibliográfica, etc…A programação deve ser cuidadosamente discutida entre todos.
16- Um ponto importante é a avaliação contínua da forma como decorrem as sessões. Esta é realizada em forma de conversa informal. Deve verificar-se se a metodologia e as tarefas a executar entre as diversas sessões estão a ser cumpridas.


A REPRESENTAÇÃO

A Representação é um método um tanto parecido com o método dos casos. A maior diferença é que neste método alguns participantes representam situações. Tal como nos casos, a representação é depois discutida pelo grupo como um todo. Este método é particularmente bom quando o objectivo é compreender as relações entre pessoas em dadas situações e treinar os participantes para enfrentar tais situações. Existe uma diferença entre ler acerca dos sentimentos e tentar representá-los. Com este método é mais fácil a aproximação à experiência real. Também para aqueles que assistem é mais estimulante do que uma conversa ou um texto sobre o mesmo tópico. As pessoas que estão a assistir podem, muitas vezes, ver-se nos papéis representados e desse modo ganharem auto-compreensão.
Os passos a dar no sentido de utilizar este método são os seguintes:
1- Definir o problema sobre o qual se lança luz e tentar visualizá-lo
2- Determinar os papéis a serem representados
3- Distribuir os papéis
4- Dar instruções aos actores e à assistência
5- Representar a cena
6- Discutir e analisar

A representação da cena deve ser espontânea e não ensaiada. As características gerais, contudo, de cada papel deverão ser cuidadosamente trabalhadas e dadas a cada actor durante o período das instruções. Também deve haver algum plano para os arranjos físicos. A representação deverá ser apresentada à assistência. Esta representação conterá os objectivos, a situação, os papéis e outras informações necessárias, relativas ao que está subjacente à representação.


MÉTODO DOS CASOS

O Método dos Casos estimula os participantes de um modo muito particular. Este método aproxima a aprendizagem da vida real. Não se dão aos adultos educandos/ participantes na sessão teorias gerais ou regras. Dá-se um texto que descreva uma situação da vida real. Um relatório detalhado de um acontecimento, de um incidente ou de uma situação. Pode ser real ou inventado. Pode ser seguido de questões para os participantes reflectirem. Os membros do grupo lêem a história do caso antes da reunião. Na reunião eles analisam e discutem o caso como acharem útil ou dirigidos por perguntas do orientador. Esta análise devia, por vezes, ser levada a cabo com a ajuda de uma pessoa de recursos que tenha consideráveis conhecimentos do meio a que se reporta a situação. O método dos casos é utilizado para revelar os problemas e as soluções encontradas numa determinada situação, para ajudar as pessoas a desenvolver as suas capacidades analíticas e para ajudar a encontrar soluções para os problemas colocados. A história do caso deve ser breve embora relativamente completa, dando ao leitor informação suficiente para lhe permitir uma análise e discussão profundas. Dependendo da complexidade da situação descrita, pode ter uma extensão de 500 a 3000 palavras. Normalmente ela descreve o que é conhecido acerca do ambiente, ou a história da situação e a própria situação. Se quiser ensaiar este método pode tirar casos, utilizando uma das fontes: livros, panfletos, uma pessoa qualificada a quem pede para escrever um caso, ou a partir da experiência de um dos elementos do grupo.



GRUPO DE DISCUSSÃO

O grupo de discussão é um método que exige a participação das pessoas e que pode servir para partir para estudos mais exigentes que a conferência , por exemplo. Deve formar-se um núcleo de poucas pessoas, incluindo o educador de adultos, que estejam interessadas em discutir diferentes tópicos. Essas pessoas fazem uma lista de tópicos a serem discutidos nas duas primeiras reuniões e encarregam-se de procurar alguém que faça a apresentação de cada tópico. Combinam também uma noite da semana para a discussão. Depois fazem propaganda da ideia de um grupo de discussão regular que se reunirá semanalmente no dia x e os respectivos tópicos das duas primeiras reuniões. Toda a gente será bem vinda. Logo na primeira reunião anotam-se os nomes de todos aqueles que comparecerem e faz-se sentir que a partir de agora são membros do grupo de discussão. Eles devem ser encorajados a trazerem novos membros para a reunião seguinte. Também se deve dizer que se espera que as pessoas participem na discussão. No fim da reunião discutem-se os temas das sessões seguintes e escolhem-se alguns.


CÍRCULO DE ESTUDO

O Círculo de Estudo nasceu como resposta às necessidades dos trabalhadores rurais. Eles queriam lutar pela democracia política. Mas também queriam partilhar do desenvolvimento educacional e cultural. Não havia pessoas instruídas em número suficiente que se oferecessem como voluntárias para assumirem o papel de professores. As classes mais privilegiadas mantinham a educação e a cultura como prerrogativa própria. Nessa situação de necessidade nasceu o Círculo de Estudo. A ideia básica consiste em que um grupo de pessoas quisesse estudar algo se juntasse e comprasse livros ou pedisse emprestados. Os livros circulavam entre todos para serem lidos pelos membros do grupo. Uma ou duas vezes por semana eles reuniam para se ajudarem uns aos outros a compreender aquilo que estavam a ler, para completarem a sua informação com a sua própria experiência e para discutirem o tópico a fundo. Isto quer dizer que estudavam sem um professor ou sem um especialista no assunto. Tinham de se apoiar nas suas fontes escritas e na sua boa compreensão. Neste método a palavra escrita é a fonte de conhecimento. O orientador do Círculo pode ser uma pessoas qualificada, um especialista, ou pode ser escolhido no seio do grupo. Os participantes decidem em conjunto o que vão estudar. Os círculos de estudo têm normalmente entre 8 a 12 membros. Doze deve ser o número limite no sentido de se aproveitar ao máximo a dinâmica do grupo. A responsabilidade de tudo o que acontece nos seus estudos é de todo o grupo. Num círculo de estudo são utilizadas diversas estratégias como trabalho de grupo, discussão, trabalho individual, entrevista, conversas informais, representação, elaboração de projectos...


O ESTUDO DO LOCAL

O Estudo do Local deverá ser distinguido do método, muito comum, chamado visita de estudo. O Estudo do Local é a visita de estudo ao contrário. A vista de estudo é precedida de uma grande quantidade de informação dada na escola. Depois a visita é uma demonstração das aplicações práticas da teoria/informação produzida na sala de aula. O Estudo do Local, pelo contrário, significa começar pelo local. O grupo escolhe uma certa área da vida em que está interessado em aprender mais. Então vão estudá-la no local. Fazem observações, entrevistam pessoas, tomam notas de como as coisas funcionam ou não funcionam. Depois regressam à sala de aula para aprenderem alguma teoria sobre o que observaram; discutem e tentam sugerir soluções para os problemas. Depois, voltam de novo ao local e relacionam as suas observações com a teoria. O local é a base e a plataforma para os seus estudos. Estes estudos têm um carácter de investigação e tornam-se muito estimulantes. O conhecimento não lhes é oferecido numa bandeja. Contudo, este método deve ser bem planeado juntamente com o grupo e há cuidados a Ter no sentido de evitar que os alunos fiquem desnorteados com muita informação e não a saibam depois tratar. Um dos maiores perigos para este método em educação de adultos é o conservadorismo do educador pelo receio de se confrontarem com áreas do conhecimento que não dominam.


O DEBATE

O debate é essencialmente uma reflexão crítica em comum; uma reflexão que ajuda a ir para além da emoção espontânea. Isto dá a possibilidade de criticamente chegar a várias conclusões. O Debate é uma forma de Diálogo Organizado. É preparado e tem um determinado objectivo. Geralmente é utilizado para analisar um assunto e chegar a determinadas conclusões. O moderador apresenta o tema. Dirige-se aos interlocutores dando a palavra. Centra o tema e resume as conclusões no final da sessão. Quando é espontâneo não há Debate mas Diálogo ou Conversação. É a forma mais natural das pessoas se expressarem. Não é preparado, por isso utilizam-se palavras simples e não há a preocupação de concluir os raciocínios. Há várias modalidades de Debate, como a mesa redonda, se participam poucas pessoas, todas podem intervir, nenhuma tem mais autoridade que as outras. É do tipo informativo. Há o método Phillips 6.6.que é um debate para grupos numerosos que se utiliza para conhecer a opinião geral sobre um tema em pouco tempo. O grupo divide-se em sub-grupos de seis elementos que nomeiam um secretário. Discutem durante seis minutos sobre o tema. O secretário recolhe as conclusões que são lidas ao grupo. Há a Assembleia em que grupos grandes se reúnem para tomar decisões muito importantes entre posições opostas. Os opositores que são os que mais sabem sobre o tema expõem os pontos de vista, resolvem dúvidas e depois vota-se


COMO CONDUZIR UMA REUNIÃO

- EVITE SENTAR-SE NA SECRETÁRIA
- ESCOLHA UMA SALA ONDE HAJA PRIVACIDADE, ESPAÇO SUFICIENTE E INFORMALIDADE
- COLOQUE UMA MESA, AO FUNDO DA SALA, COM BOLINHOS, CAFÉ, CHÁ OU SUMO, PARA QUE AS PESSOAS POSSAM CONVERSAR INFORMALMENTE ANTES E DEPOIS DA REUNIÃO
- SEJA PONTUAL
- NÃO ULTRAPASSE O LIMITE DE TEMPO
- PROCURE OUVIR AS OPINIÕES DE TODA A GENTE, TOME NOTAS, ACEITE SUGESTÕES E NÃO MONOPILIZE A PALAVRA
- COMECE A REUNIÃO COM PALAVRAS OPTIMISTAS, COM ALGUM SENTIDO DE HUMOR E APRESENTE UMA BOA DISPOSIÇÃO
- SEJA OBJECTIVO E CLARO NAS SUAS IDEIAS
- DEIXE AS PESSOAS COLOCAREM QUESTÕES E NÃO AS INTERROMPA
- TENHA EM CONSIDERAÇÃO O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS, A SUA ANSIEDADE, O SEU CANSAÇO, AS SUAS EXPECTATIVAS
- PARTILHE COM AS PESSAS AS SUAS IDEIAS
- NÃO SE IRRITE COM POSSÍVEIS CRÍTICAS



FORMAS E MÉTODOS DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS

Exercício prático

1- Indique o nome do método apresentado
2- Quais as suas vantagens?
3- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?



É um método um tanto parecido com o método dos casos. Tal como nos casos, a situação é depois discutida pelo grupo como um todo. Este método é particularmente bom quando o objectivo é compreender as relações entre pessoas em dadas situações e treinar os participantes para enfrentar tais situações. Existe uma diferença entre ler acerca dos sentimentos e tentar vivenciá-los. Com este método é mais fácil a aproximação à experiência real. Também para aqueles que assistem é mais estimulante do que uma conversa ou um texto sobre o mesmo tópico. As pessoas que estão a assistir podem, muitas vezes, ver-se a si próprias e desse modo ganharem auto-compreensão.
A situação deve ser espontânea e não ensaiada. As características gerais, contudo, de cada um deverão ser cuidadosamente trabalhadas e dadas a cada um durante o período das instruções. Também deve haver algum plano para os arranjos físicos. A situação deverá ser apresentada aos outros. Conterá os objectivos, a situação e outras informações necessárias relativas ao que está subjacente à actividade.


Exercício prático

4- Indique o nome do método apresentado
5- Quais as suas vantagens?
6- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?




Um grupo de funcionários dos Serviços de Acção Social da Câmara de Alcoutim quer promover uma campanha para o planeamento familiar no concelho. Querem preparar bem a acção, pois é muito importante serem bem sucedidos. Nunca fizeram nenhuma acção deste tipo estão preocupados com o que poderá acontecer. Decidem então, numa fase de preparação, realizar um exercício, no âmbito do seu próprio grupo de trabalho que se deslocará aos montes, onde alguns desempenham papéis de homens e mulheres da aldeia, outros representam os papéis dos funcionários da autarquia. Eles fazem isto para compreender o modo como as pessoas da região poderão reagir à sua campanha, que atitudes poderão demonstrar, que receios poderão expressar.


Exercício prático

7- Indique o nome do método apresentado
8- Quais as suas vantagens?
9- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?



Este método estimula os participantes de um modo muito particular. Este método aproxima a aprendizagem da vida real. Não se dão aos adultos educandos/ participantes na sessão teorias gerais ou regras. Dá-se um texto que descreva uma situação da vida real. Um relatório detalhado de um acontecimento, de um incidente ou de uma situação. Pode ser real ou inventado. Pode ser seguido de questões para os participantes reflectirem. Os membros do grupo lêem a história antes da reunião. Na reunião eles analisam e discutem o caso como acharem útil ou dirigidos por perguntas do orientador. Esta análise devia, por vezes, ser levada a cabo com a ajuda de uma pessoa de recursos que tenha consideráveis conhecimentos do meio a que se reporta a situação. Este método é utilizado para revelar os problemas e as soluções encontradas numa determinada situação, para ajudar as pessoas a desenvolver as suas capacidades analíticas e para ajudar a encontrar soluções para os problemas colocados. A história deve ser breve embora relativamente completa, dando ao leitor informação suficiente para lhe permitir uma análise e discussão profundas. Dependendo da complexidade da situação descrita, pode ter uma extensão de 500 a 3000 palavras. Normalmente ela descreve o que é conhecido acerca do ambiente, ou a história da situação e a própria situação. Se quiser ensaiar este método pode fazê-lo, utilizando uma das fontes: livros, panfletos, uma pessoa qualificada a quem pede para escrever uma situação, ou a partir da experiência de um dos elementos do grupo.


Exercício prático

10- Indique o nome do método apresentado
11- Quais as suas vantagens?
12- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?


A seguir apresenta-se um conjunto de técnicas:
1- Introduzir o tópico ou apresentar alguém que o faça
2- Anunciar o tempo limite
3- Declarar aberta a sessão para alguém que queira falar
4- Dar a palavra à primeira pessoa que pedir
5- Observar continuamente todo o grupo a fim de atender aqueles que manifestam vontade de participar. Escrever os seus nomes numa lista pela ordem que ao viu.
6- Dar a palavra a cada um por sua vez.
7- Ajudar a clarificar pontos que não foram ouvidos ou bem compreendidos por todos.
8- Deixar que as pessoas interrompam a ordem da lista se aquele que interromper declarar que a sua intervenção será:
. esclarecedora ou
. uma pergunta ao último orador ou
. uma resposta directa ao último orador ou
.uma questão de ordem
9- Se achar útil pode resumir alguns pontos e recomeçar a discussão a partir daí.
10- Quando faltar 15 minutos para terminar deverá anunciar e dar oportunidade para falar quem falou menos.
11- Depois da contribuição do último orador deverá resumir a discussão e agradecer a contribuição de todos.

Exercício prático

13- Indique o nome do método apresentado
14- Quais as suas vantagens?
15- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?



Este método exige a participação das pessoas e pode servir para partir para estudos mais exigentes que a conferência, por exemplo. Deve formar-se um núcleo de poucas pessoas, incluindo o educador de adultos, que estejam interessadas em discutir diferentes tópicos. Essas pessoas fazem uma lista de tópicos a serem discutidos nas duas primeiras reuniões e encarregam-se de procurar alguém que faça a apresentação de cada tópico. Combinam também uma noite da semana para a discussão. Depois fazem propaganda da ideia e informam que haverá reuniões semanalmente no dia x e os respectivos tópicos das duas primeiras reuniões. Toda a gente será bem vinda. Logo na primeira reunião anotam-se os nomes de todos aqueles que comparecerem e faz-se-lhes sentir que a partir de agora são membros. Eles devem ser encorajados a trazerem novos membros para a reunião seguinte. Também se deve dizer que se espera que as pessoas participem. No fim da reunião discutem-se os temas das sessões seguintes e escolhem-se alguns.



Exercício prático

16- Indique o nome do método apresentado
17- Quais as suas vantagens?
18- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?



Não se pense que esta forma de educação de adultos é sempre algo de grandioso e dispendioso. Muitas vezes utilizando meios simples podemos ser bastante eficientes. O efeito pode ser exactamente o mesmo de uma actividade de teatro local tanto para as pessoas que organizam como para as outras, o público-alvo. Um grande rolo de papel grosso pode servir de fundo. Sobre ele pode utilizar os materiais mais diversos. Embora seja simples de fazer, deve ser atraente. È um erro encher com muita coisa. Deve ter um texto ou um folheto para oferecer. Isso possibilitará que as pessoas levem para casa e reforçará o efeito da aprendizagem. Também há o risco de as pessoas olharem só superficialmente, isso depende de como é feita e da forma como se dá oportunidade de as pessoas serem capazes ou não de captar a coerência e a mensagem a transmitir.





Exercício prático

19- Indique o nome do método apresentado
20- Quais as suas vantagens?
21- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?


A ideia básica consiste em que um grupo de pessoas quisesse estudar algo se juntasse e comprasse livros ou pedisse emprestados. Os livros circulavam entre todos para serem lidos pelos membros do grupo. Uma ou duas vezes por semana eles reuniam para se ajudarem uns aos outros a compreender aquilo que estavam a ler, para completarem a sua informação com a sua própria experiência e para discutirem o tópico a fundo. Isto quer dizer que estudavam sem um professor ou sem um especialista no assunto. Tinham de se apoiar nas suas fontes escritas e na sua boa compreensão. Neste método a palavra escrita é a fonte de conhecimento. O orientador pode ser uma pessoa qualificada, um especialista, ou pode ser escolhido no seio do grupo. Os participantes decidem em conjunto o que vão estudar. São normalmente entre 8 a 12 membros. Doze deve ser o número limite no sentido de se aproveitar ao máximo a dinâmica do grupo. A responsabilidade de tudo o que acontece nos seus estudos é de todo o grupo. São utilizadas diversas estratégias como trabalho de grupo, discussão, trabalho individual, entrevista, conversas informais, representação, elaboração de projectos...



Exercício prático

22- Indique o nome do método apresentado
23- Quais as suas vantagens?
24- Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?



O grupo escolhe uma certa área da vida em que está interessado em aprender mais. Então vão estudá-la no local. Fazem observações, entrevistam pessoas, tomam notas de como as coisas funcionam ou não funcionam. Depois regressam para aprenderem alguma teoria sobre o que observaram; discutem e tentam sugerir soluções para os problemas. Depois, voltam de novo ao local e relacionam as suas observações com a teoria. O local é a base e a plataforma para os seus estudos. Estes estudos têm um carácter de investigação e tornam-se muito estimulantes. O conhecimento não lhes é oferecido numa bandeja. Contudo, este método deve ser bem planeado juntamente com o grupo e há cuidados a ter no sentido de evitar que os educandos fiquem desnorteados com muita informação e não a saibam depois tratar. Um dos maiores perigos para este método em educação de adultos é o conservadorismo do educador pelo receio de se confrontarem com áreas do conhecimento que não domina.


Exercício prático

28-Indique o nome do método apresentado
29-Quais as suas vantagens?
30-Quais os passos a dar no sentido de utilizar este método?


É essencialmente uma reflexão crítica em comum; uma reflexão que ajuda a ir para além da emoção espontânea. Isto dá a possibilidade de criticamente chegar a várias conclusões. Geralmente é utilizado para analisar um assunto e chegar a determinadas conclusões. O moderador apresenta o tema. É a forma mais natural das pessoas se expressarem. Não é preparado, por isso utilizam-se palavras simples e não há a preocupação de concluir os raciocínios. Reúne grupos numerosos que se utiliza para conhecer a opinião geral sobre um tema em pouco tempo. O grupo divide-se em sub-grupos de seis elementos que nomeiam um secretário. Discutem durante seis minutos sobre o tema. O secretário recolhe as conclusões que são lidas ao grupo. Respeita-se a palavra de cada, age-se com calma e respeito e aceitam-se todas as opiniões. Resume as conclusões no final da sessão

2007-03-21

Textos resultantes da aula de animação de leitura -e.a:II

Texto 1
As tartarugas têm em média 150 anos de vida, então porque é que o homem tem apenas 75 anos de vida?
Pois, porque 75 anos não são nada, há animais que vivem uma eternidade. Apesar disso há quem diga que uma pessoa que vive 75 anos é velha e que já não serve para fazer nada, é inútil. É este o estereótipo que é criado em torno dos idosos, como pessoas que já não são úteis, mas na verdade isto não é bem assim. A velhice é uma fase da vida como outra qualquer, a etapa por que alguns têm o privilégio de passar, esta é uma fase que deve ser vista como uma altura da vida em que se deve aproveitar ao máximo, porque já não se sabe quanto tempo ainda nos resta. Devemos viver ao máximo e aproveitar o que a vida nos oferece! The end.

Texto 2
Era uma vez um homem que foi testado por Deus. Era um homem muito rico e poderoso que tinha uma familia muito unida e feliz. Certo dia Deus decidiu testar como este homem reagiria numa situação delicada.A sua mulher adoeceu e ele ficou muito triste, consultaram todos os médicos mas nenhum lhe soube dizer qual era a doença da sua esposa, mas certo dia decidiu consultar um médico novo que era muito bom.Era uma pessoa prestável, culta e que tinha um enorme sucesso pela sua competência. Este médico era um inútil pois não sabia distinguir um termómetro de um auscultador. Meu Deus olha onde eu vim parar?!Naquele instante ele teve consciência que Deus era uma coisa boa e bonita. Não sabia se estava ali naquele momento mas quem era ele para desmentir.

Texto 3
Era uma vez uma lagarta, que vivia na horta do Sr. José. A Dna. Lagarta ea muito gulosa e adorava alfaces. Até que um dia, encontrou o senhor lagarto. Encantada, ficou com os olhos com corações porque o senhor lagarto era muito atraente e sentiu-se completamente apaixonada. Combinaram logo um cafezinho e o senhor lagarto foi buscá-la a casa na sua limusina. Então foram passear até ao pé do laguinho onde esta um snack-bar da Sapa Maria. Pararam lá para comer um gelado maravilhoso e assim continuaram. Depois do gelado foram passear de mãos dadas para o parque dos anões. Quando lá chegaram encontraram a dona Cultilde e perguntaram-lhe pela casinha do Sonecas, sim… de um dos anões do filme animado da Branca de Neve. A Branca de Neve era escrava lá da casa. Os filhos eram uns porcalhões e ela só limpava, só limpava. Por fim, suicidou-se e a família ficou muito triste.

Texto 4
História da minha cabeça e dos outros também…
Era uma vez, uma menina que queria ser feliz, contudo a sua vida estava repleta de obstáculos mas essa menina era determinada e cheia de garra, uma verdadeira lutadora. Não deixava que nada de mal acontecesse aos seus amigos, à sua família, aos animais. Adorava passear pelos caminhos da vida, procurar algo de novo que me fizesse sentir importante, útil para alguém, não sei se alguma vez iria consegui-lo mas podia pelo menos tentar. Fui à procura de alguém que me pudesse ajudar a encontrar o astronauta, para me ensinar a voar daqui para fora, rumo ao universo. E finalmente chegou o dia! Vou finalmente conhecer a lua, vou voar até lá, com os pozinhos de perlimpimpim do Peter Pan, vou voar até tocar na lua e lá vou encontrar e ver a beleza da terra, as luzes, as cores, o tamanho. É mesmo bonito. Como é bom existir uma “coisa” tão linda mas que todos os dias acontece. O nascimento é um grande milagre, quando se é mãe o sentimento de amor pelo filho é uma sensação grandiosa e esplendorosa.

Texto 5
Era uma vez uma menina que não sabia ler nem escrever, então decidiu inscrever-se numa escola para aprender a ler e a escrever, inscreveu-se numa escola pública, onde havia muitos meninos e meninas da sua idade. Lá na escola conheceu um menino branquinho cheio de sardas e de olhos azuis com o cabelo ruivo. Os dois apaixonaram-se perdidamente ele era o seu rei, e ela a sua rainha. Nos primeiros tempos, o menino ofereceu-lhe flores e bombons, mas passado algum tempo ela deixou de querer flores e bombons, começou a querer uma viagem ás Fidji. Sim…era isso que queriam e era isso que iam fazer. Foram à conta bancária dos pais e sacaram o dinheiro todo, muito contentes, dirigiram-se a uma agência turística e decidiram viajar por todo o mundo, indo-se habitar no Japão.


Texto 6
História “O Pescador e Ela…”

Houve em tempos um pescador que vivia na Galileia. Ele tinha um pequeno barquinho que servia por vezes para ir pescar para arranjar comida para a sua família, ele por vezes também aproveitava o barquinho para passear com a sua bela namorada de que ele amava tanto de seu nome Vera. Ele era um rapaz muito inteligente, divertido e até era muito “cobiçado” pelas raparigas da sua idade. Todas as pessoas gostavam dele, ele era um símbolo, tal como o nosso Fragoso, 1 líder carismático, todo ele é carisma. No fundo, o que eu queria era puder ter o prazer de aprender algo mais com ele. Porque se eu conseguir ser um líder, vou procurar fazer o bem, ajudar o outro, lutar pelo bem na terra entre as pessoas, entre as pessoas e os animais, entre as pessoas e a Natureza… Deve-se lutar por um mundo harmonioso. Temos que tentar ser felizes e mais que isso tentar fazer os outros felizes, levar um pouco de paz e de amor a todas as pessoas que estavam presentes naquele casamento. Agradeceram a todos a presença na festa. E que a verdade e a amizade permaneça para sempre.


Texto 7
Era uma vez um tomate roxo que era muito infeliz por ter uma cor tão esquisita. O tomate roxo vivia numa comunidade hortícola e andava muito solitário, pois não tinha amigos e toda a gente gozava com ele. Ele sentia-se muito só e queria um amigo para poder partilhar as suas experiências e histórias de vida. Então decidiram convidá-lo para jantar em sua casa, nessa noite. Ele chegou com um presente para ela, um amuleto que os iria juntar para sempre.
Assim declaram amor eterno. Passaram-se anos e anos e eles sempre juntos constituíram família, envelheceram juntos e até foram enterrados juntos.
As suas almas andavam de mãos dadas pela eternidade, tal como o seu amor sempre juntos e felizes.
As pessoas até se questionaram como era possíveis duas pessoas amarem-se com tanta paixão. Tanta paixão que era doentia …pareciam duas carraças doentes…pior que “bostic”, já corria a ideia que se iam juntar, o que aumentou os murmurinhos lá do sitio. Então viveram felizes para sempre.